domingo, 11 de outubro de 2009

PARQUE TECNOLOGICO VALORIZA MEIO AMBIENTE

A TARDE On Line

No imenso canteiro de obras que se transformou toda a Avenida Paralela, em Salvador, é possível avistar a construção do sistema viário do Parque Tecnológico da Bahia. Estas obras fazem parte da primeira etapa do empreendimento,com previsão de conclusão no segundo semestre de 2009. O projeto do Parque Tecnológico prevê a atuação conjunta de empresas e instituições nas áreas de tecnologia, ciência e inovação. Neste sentido, estão previstas a construção de três centros principais: Via Ciência, Via Tecnologia e Via Informação. Serão investidos inicialmente cerca de R$ 100 milhões na construção do parque, nos próximos dois anos, recursos oriundos dos governos estadual e federal e da iniciativa privada.Sete universidades públicas baianas – Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Universidade Federal do Recôncavo (UFRC), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), União Sul-Americana de Estudos da Biodiversidade (Useb), Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e Universidade Federal do Vale do São Francisco –, juntamente com empresas do setor privado, serão os principais parceiros do Tecno-Via. Além disso, o projeto do Parque Tecnológico da Bahia tem ainda como parceiros a Prefeitura Municipal de Salvador, que cedeu o terreno, a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e o Sebrae.Durante cerca de cinco anos o projeto do Parque Tecnológico da Bahia ficou no papel, à espera de resoluções para a liberação da licença ambiental pelo então Centro de Recursos Ambientais, atual Instituto do Meio Ambiente (IMA). O secretário de Ciências, Tecnologia e Informação, Ilde Ferreira, disse que as principais exigências feitas tanto pelo IMA quanto pelo Ibama para a implantação do parque foram atendidas pelo governo estadual. O que falta será contemplado durante o decorrer das obras. O superintendente do Ibama na Bahia, Célio Pinto, disse que o órgão está fiscalizando as obras e que até o momento não foi detectada nenhuma irregularidade.O empreendimento, de grande impacto e intervenção urbanística, está sendo erguido numa extensa área da Avenida Paralela, cuja principal cobertura é ocupada por remanescentes da Mata Atlântica e abrangerá aproximadamente 500 mil metros quadrados. Talvez pela pressão que as questões relacionadas ao meio ambiente exerçam hoje em qualquer universo corporativo, a sustentabilidade ambiental se tornou a principal bandeira do Parque Tecnológico da Bahia e moveu as equipes de planejadores a criar uma série de medidas que dêem conta das demandas ligadas à conservação de áreas verdes e ao aproveitamento de recursos naturais. Apesar de enfrentar algumas discordâncias de cunho político, o projeto se apresenta de sua concepção à sua vocação como uma proposta eco-sustentável. De acordo com o secretário, a área de meio ambiente será tratada de forma transversal, como parte integrante e prioritária. A intenção é manter uma relação harmônica com o meio ambiente.PRINCIPAIS MEDIDAS-De acordo com informações da secretaria,“o sistema viário terá piso intertravado, que permite uma maior permeabilidade e maior aderência em relação ao asfalto, além de ser ecologicamente mais recomendado por reduzir a quantidade de resíduos, possibilitando que o solo absorva uma maior parte das águas das chuvas. Já a rede de energia elétrica terá postes de madeira de reflorestamento (à base de eucalipto). Ciclovias e trilhas ecológicas contarão com baba de cupim, uma liga que substitui o cimento, material bem mais ecológico. A rede de telecomunicações contará com fibras óticas, permitindo alta velocidade de transferência de dados, além da rede tradicional metálica de comunicação, esta a partir de cabos subterrâneos”. O foco do TecnoVia será a pesquisa aplicada em três áreas distintas e igualmente com vocação voltada para o desenvolvimento de tecnologias limpas. São elas: biotecnologia, energia e tecnologia da informação e da comunicação. Ainda segundo a secretaria, na área de energia e ambiente serão priorizadas pesquisas em petróleo e gás, energia solar, eólica e biocombustíveis.No segmento de biotecnologia, o parque deverá estimular “as pesquisas com células-tronco, desenvolvimento de novos remédios, prospecção de biodiversidade, vacinas e kits para diagnóstico e produção agrícola”. Na área de Tecnologia da Informação, “a expectativa é focar em conteúdos midiáticos para indústrias criativas, computação distribuída e plataformas de suporte ao desenvolvimento, ou seja, geração de tecnologia e automatização”. Isto significa o desenvolvimento de softwares e soluções na área de informática, voltados para os sistemas de comunicação.Dias antes do início das obras no Parque Tecnológico,o governador da Bahia, Jaques Wagner, havia declarado que a área de biocombustíveis terá uma atenção especial, visto que 68% do território baiano encontra-se na região do semi-árido, área onde o governo vem estimulando o plantio de novas espécies de oleaginosa, como o pinhão manso, para extração do biocombustível. O discurso do governo estadual segue a mesma linha ideológica adotada pelo governo federal, de que o cultivo pode ser uma alternativa o meio ambiente e para os pequenos produtores rurais que vivem da agricultura familiar.O estado é considerado como um dos mais promissores na produção do combustível alternativo do país com potencial para o cultivo de diversas oleaginosas como soja, algodão, amendoim, dendê, girassol e mamona. Em julho deste ano, o presidente Lula inaugurou no município de Candeias a primeira fábrica de biocombustíveis da Petrobras, com potencial para produzir 57 milhões de litros de biodiesel. Lula declarou na ocasião que a agricultura familiar é responsável pela produção de 70% dos alimentos do país.A Petrobras por sua vez deverá ser uma das empresas-âncoras do parque, conforme informou a Secretaria de Ciências, Tecnologia e Informação, incorporando ao projeto as pesquisas desenvolvidas pelos laboratórios do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (Cenpes), que trabalhará em conjunto com pesquisadores universitários.
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