sexta-feira, 18 de junho de 2010

Indianos querem novas leis de reciclagem

Tila Byehta é um vilarejo nos arredores de Nova Delhi com uma peculiaridade: é um cemitério de aparelhos eletrônicos que impulsionam a era da informação na Índia. Peças queimadas de computador se espalham pela rua principal. Placas verdes de circuitos estalam sob os pés de crianças que correm em meio à sujeira. E em barracos sem iluminação ou janelas, mulheres usam chamas para tirar cobre de fios derretidos.

O rápido crescimento econômico da Índia gera mais de 500 mil toneladas de lixo eletrônico por ano, e deve chegar a um milhão de toneladas em 2012. As peças de computadores e celulares obsoletos são desmontadas e recicladas manualmente por centenas de milhares de pessoas em pequenas cidades do país.

Críticos dizem que o trabalho representa risco para pessoas e ambiente, e legisladores estão considerando a criação de grandes plantas de reciclagem, com práticas ambientalmente seguras para o manejo de lixo high-tech tóxico. A lei também proibiria a importação de computadores por "caridade" ou "reutilização" de países como os Estados Unidos, uma prática que começou nos anos 1990, quando os computadores eram muito caros na Índia. Funcionários do governo afirmam que as doações se tornaram um disfarce para usar o país como depósito de lixo eletrônico, diz o Washington Post.

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